Neide Aparecida Palombo da Silva
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Atualmente no Brasil existem milhares de pessoas com algum tipo de deficiência, seja física, visual, auditiva, intelectual ou momentaneamente. Como se não bastasse a discriminação que estas pessoas arrastam, existe ainda a acessibilidade, que é outro obstáculo de cunho muito acentuado para enfrentarem na vida cotidiana.
Posso citar que ambientes como escolas, bancos, restaurantes, clubes e outros, estão de portas abertas para a inclusão de pessoas com necessidades especiais, porém deveriam investir pesadamente nessa acessibilidade para suprir todas os tipos de carências, haja vista que ainda estão despreparados fisicamente – falta muitas adaptações como: rampas de acesso, corrimão, banheiros adequados, pisos, torneiras, dentre outros, bem como, profissionais especializados, para atendê-los.
Hoje, o deficiente conta com os recursos das novas tecnologias disponíveis no mercado para facilitar sua comunicação e sua interação social. Com a evolução dos tempos, vem ocorrendo uma crescente mudança no desenvolvimento social, e assim, tem-se utilizado o emprego de um complexo sistema computadorizado, softwares e hardwares especiais e suas mais variadas aplicabilidades.
A informática é considerada a melhor alternativa na sociedade em que vivemos em seus mais variados ambientes e como contemplar todos os públicos com as diversas deficiências, como por exemplo: pessoas tetraplégicas podem interagir e se comunicar comandando o computador através de sopros no microfone, bem como as deficiências nos membros superiores podem ser supridas através de estabilizador de punho e abdutor de polegar, ou ainda uma haste fixada na cabeça para digitação. Outro recurso utilizado é um teclado reposicionado e adaptado para a digitação com o pé.
Vários tipos de próteses e inúmeros outros itens são confeccionados e estão disponíveis atualmente no mercado buscando a inclusão desse público na sociedade. Para cumprir a (LEI Nº 10.098, de 19/12/2000 - que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de transporte e de comunicação), a Biblioteca da Unesp/Feis de Ilha Solteira está sendo toda reestruturada para atender todas as necessidades das pessoas que possuam deficiências.
Nessa reestruturação, ela será contemplada com Placas de Sinalização, aquisição de Piso Tátil (são faixas em alto relevo fixadas no chão para auxílio na locomoção pessoal de deficientes visuais), Tótem (é um aparelho que amplia as possibilidades de atendimento a deficientes físicos, visuais e auditivos, por meio de um sistema que utiliza um interfone e um painel luminoso como ferramentas de comunicação), além do Mapa Tátil, para que o deficiente visual, antes de adentrar o recinto da biblioteca, conheça toda a sua estrutura.
Para receber as pessoas com as mais variadas deficiências e que necessitam de atendimento especial, a equipe de servidores que compõe o quadro da Biblioteca receberão treinamentos ministrados por especialistas. Nessa nova reestruturação, além da aquisição citada para montar toda estrutura, a Biblioteca contará ainda com equipamentos especiais, como: Scanner e fone de ouvido apropriado para interagir com o deficiente visual, Lente de Aumento para usuários de baixa visão, dentre outros equipamentos disponíveis.
Toda essa implementação, trará como ponto positivo o “Acesso a Informação” e assim sendo, poderá cada indivíduo desenvolver inúmeras habilidades em função da autonomia conquistada, pois muitos que estavam quase que "condenados a incapacidade", vejo diante dos meus olhos sua interação com o mundo e ainda muito bem informado.
Neide Aparecida Palombo da Silva
Pós-Graduação em Gestão Pública
pelas Faculdades Integradas de Urubupungá – FIU
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