terça-feira, 14 de agosto de 2012

Congresso reúne projetos de extensão das universidades públicas paulistas

Impacto social das ações foi foco das mesas redondas e conferências

Pró-reitores de Extensão Universitária, professores, alunos e servidores técnico-administrativos das universidades públicas paulistas participaram do II Congresso Paulista de Extensão (Copex). O evento foi realizado e organizado pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), localizada na capital paulista, de 9 a 11 de agosto. 

"Com a exposição dos projetos de Extensão dessas universidades, demonstramos o grande impacto social que essas ações têm no Estado de São Paulo. Os resultados demonstram a importância dessas atividades, sobretudo, para as comunidades mais carentes", disse a pró-reitora de Extensão, Maria Amélia Máximo de Araújo. "Para podermos aumentar ainda mais esse impacto, é necessário uma política pública de apoio à Extensão." 
A Unesp no Copex

A Unesp foi uma das co-organizadoras do encontro, que contou ainda com as instituições públicas municipais Universidade Municipal de São Caetano do Sul, Universidade de Taubaté, as estaduais USP, Unicamp e as federais UfScar (Universidade Federal de São Carlos) e UFABC (Universidade Federal do ABC Paulista). 

Para apresentar ao público presente no evento alguns dos trabalhos financiados pela Universidade, a Pró-reitoria de Extensão Universitária (Proex) montou um estande com produtos gerados pelos projetos LabSol (Laboratório de Design Solidário), da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Unesp de Bauru; Baja SAE Brasil, da Faculdade de Engenharia da Unesp de Guaratinguetá; e de Frutas Tropicais, da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Unesp de Jaboticabal. Os alunos bolsistas explicavam ao visitante os objetivos e impacto dos projetos. 

Nas mesas redondas, Maria Amélia, as assessoras da Proex Loriza Lacerda de Almeida e Maria Candida Soares Del Masso, além da professora Kátia Godoy, do Instituto de Artes do Câmpus de São Paulo, expuseram iniciativas da Universidade. Entre elas, a Unati (Universidade Aberta da Terceira Idade) e os números da Extensão da Universidade, como bolsas, quantidade de projetos e o sistema de avaliação.
"A Unesp garante o financiamento dos trabalhos nessa área a partir de programas definidos no Plano de Desenvolvimento Institucional [PDI]", salientou a pró-reitora. 

De acordo com dados da Proex, a Universidade conta com 1.417 mil projetos em andamento cadastrados anualmente, além das 56 Empresas Juniores e dos cursinhos pré-vestibulares distribuídos em 26 unidades com 4.586 alunos. 

A pró-reitora destacou ainda a importância da participação dos alunos na extensão para sua formação, aplicação dos conhecimentos adquiridos em sala de aula, conhecimento da sociedade, trabalho em equipe, estímulo a pensar e propor soluções, responsabilidade social, experiência profissional, melhora do currículo e bolsas de apoio.

Apresentações

O Copex contou com cerca de 900 apresentações. Entre elas, estudantes da Unesp expuseram projetos nas áreas temáticas, definidas pelo ForProex: educação, saúde, comunicação, arte e cultura, direitos humanos e justiça, meio ambiente, tecnologia e produção e trabalho. Os trabalhos foram expostos em painéis e em apresentações orais. 
Entre os alunos, Bruna Drielen Ferreira, do primeiro ano do curso de Química, do Instituto de Química da Unesp de Araraquara, mostrou a importância do Centro de Ciências de Araraquara (CCA) para o Ensino de Ciências. O CCA é um museu de Ciências da Unesp, que recebe visitas das escolas de Ensino Fundamental e Médio da região. 

“Este congresso somou muito à minha vida profissional e acadêmica. Foi um momento de trocas de experiências entre mim e outros alunos dos outros projetos de várias unidades da Unesp”, disse.
"A convivência que esse espaço proporciona, permite ao aluno refletir sobre suas atividades, dando uma dimensão maior para esse aprendizado", conclui Maria Amélia.
Pela valorização
Na conferência de abertura do congresso, a presidente do ForProex (Fórum dos Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras), Sandra de Fátima Batista de Deus, apresentou publicamente, pela primeira vez, a proposta de Política Nacional de Extensão Universitária. 

O documento define o que seriam as ações extensionistas, e propõe a criação de uma secretaria sobre o tema no MEC (Ministério da Educação), a exemplo das secretarias de Graduação e Pós-Graduação já existentes na Secretaria de Educação Superior (Sesu) do ministério. 

O texto apresentado diz que "a Extensão Universitária, sob o princípio constitucional da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, é um processo interdisciplinar, educativo, cultural, científico e político que promove a interação transformadora entre Universidade e outros setores da sociedade." 

Segundo Sandra, a proposta será encaminhada ao ministério, como também ao Congresso Nacional e ao governo federal. "A Extensão é um instrumento de transformação social rumo à justiça e à solidariedade. É por ela que a universidade pública cumpre sua missão política", afirma. "E esta proposta visa ser um marco regulatório dessas ações, além de definir linhas de financiamento."

Fonte: Unesp
 

2 comentários:

  1. O Câmpus de Ilha Solteira teve participação no COPEX, sendo representado por 6 alunos que apresentaram trabalhos no evento.
    São eles: Caroline Madureiro Silva, Kelly Fernanda de Souza Motta, Kamila Paula Santos Zuri, Gabriela Selingardi e Danilo Okimoto, orientados da Profª Drª Zulind Luzmarina Freitas e Renan Silva de Oliveira, orientado do Prof. Dr. Cláudio Luiz Carvalho.

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  2. Perfeita intervenção, Iza! Agradecemos a contribuição das informações!

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