segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Cursinho da FEIS seleciona professores

O Cursinho Diferencial da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira está com inscrições abertas para a seleção de professores de Matemática, Física, Química, Geografia, História, Biologia, Inglês, Gramática, Literatura e Sociologia.

São 14 (quatorze) vagas distribuídas entre as 10 (dez) áreas. Os interessados deverão se inscrever através deste link.

Mais informações no edital e no site do cursinho.

Por favor, divulguem a informação!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

UNESP disponibiliza 120 livros acadêmicos para download


 A Universidade Estadual Paulista - UNESP, através da Cultura Acadêmica (um dos braços de sua editora principal), está disponibilizando 120 títulos acadêmicos, em formato digital, para download gratuito. Os livros estão divididos em 23 áreas do conhecimento e são voltados para estudantes de graduação e pós-graduação que precisam de material de apoio para desenvolver projetos acadêmicos.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Para reduzir pena, presos leem livros como 'O Pequeno Príncipe'

Os presos mais perigosos do país terão à disposição, ainda no primeiro semestre, títulos como "O Pequeno Príncipe", clássico de Saint Exupery, e "1001 Filmes para Ver Antes de Morrer", de Steven Jay Schneider.
Poderão escolher, ainda, a trilogia "Crepúsculo", de Stephenie Meyer, e "De Malas Prontas", de Danuza Leão.
Um programa do Ministério da Justiça vai distribuir 816 livros para as quatro penitenciárias federais do país.
O projeto, orçado em R$ 34.170, permitirá que detentos como Fernandinho Beira-Mar, condenado a 120 anos, reduzam sua pena. Por enquanto, duas concedem benefícios de redução da pena aos detentos-leitores: Catanduvas (PR) e Campo Grande (MS).

Alpino/Folhapress
No Paraná, o juiz concede até quatro dias para quem, em até 12 dias, ler um livro e apresentar uma resenha.
Uma comissão avalia a resenha e, se considerá-la de boa qualidade, concede ao detento mais um dia de redução.
Os livros "Crime e Castigo", de Dostoiévski, e "Incidente em Antares", de Erico Veríssimo, foram obras trabalhadas na unidade, que tem 60 presos participando do projeto.
Em Campo Grande, são três dias de redução para cada 20 dias que o detento utilize para ler um livro e preparar uma resenha. A avaliação é feita por um juiz federal.
Segundo agentes penitenciários, Beira-Mar, que já passou pelas duas penitenciárias, é um "consumidor voraz" de livros. Já leu "O Caçador de Pipas", de Khaled Housseini, além de "Arte da Guerra", de Sun Tzu, e "Código da Vinci", de Dan Brown.
Quando chegou a Mossoró (RN), logo se inscreveu em um projeto da penitenciária com a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, chamado de "Filosofarte". Diminuía um dia de sua pena a cada três de leitura.
O programa foi suspenso em dezembro, mas poderá ser retomado após convênio com a Justiça federal. 

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1035356-para-reduzir-pena-presos-leem-livros-como-o-pequeno-principe.shtml

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Rede social para cientistas tem mais de 1 milhão de usuários

Agência FAPESP – Mais de 1,3 milhão de pesquisadores de diversos países – 35 mil só do Brasil – já se inscreveram na plataforma ResearchGate, uma espécie de Facebook dos cientistas. A proposta da rede social é facilitar a comunicação e a troca de experiências entre pessoas que atuam na mesma área de investigação.

Como outras redes, o ResearchGate conta com diversos grupos de discussão, nos quais os membros podem fazer e responder perguntas. Mas, diferentemente de outros sites do gênero, os perfis dos participantes são estruturados como se fossem um currículo científico, o que facilita a busca de usuários por área de atuação.

Além disso, os pesquisadores podem incluir um índice com suas publicações e um blog pessoal. Um calendário informa os participantes sobre eventos científicos em todo o mundo e uma bolsa de empregos oferece mais de 13 mil vagas nas diversas áreas da ciência.

A plataforma é gratuita e foi criada em 2008 pelo médico alemão Ijad Madisch, graduado em Hannover e pós-graduado em Harvard. Ele conta que teve a ideia quando fazia a pós nos Estados Unidos e deparou com um problema para o qual não achava resposta.

Madisch conheceu um colega que pesquisava o mesmo assunto e tentou manter contato com ele pela internet, mas sentiu que faltava uma ferramenta adequada para isso.

“Grande parte dos recursos gastos em uma pesquisa acaba cobrindo experiências malsucedidas, que não ganham espaço nas publicações”, disse.

Com o ResearchGate, segundo Madisch, os cientistas podem receber informações sobre os trabalhos de colegas do mundo inteiro, inclusive sobre as experiências que não deram certo. Isso evitaria repetir o que já se mostrou falho.

De acordo com os administradores do site, 30 brasileiros, em média, se registram diariamente.


Mais informações: www.researchgate.net

Fonte: Agencia FAPESP - http://agencia.fapesp.br/15030

Pesquisador da Unesp descobre planta com capacidade de regeneração da pele e produção de colágeno

Picão-preto (Bidens pilosa)

Pesquisador descobre em erva daninha ação anti-rugasTestes indicam que planta tem capacidade de regeneração da pele e produção de colágeno
 
Um projeto realizado pelo professor Luiz Claudio Di Stasi, do Instituto de Biociências (IB), Câmpus de Botucatu, e a empresa Chemyunion, de Sorocaba (SP), apresenta novos mecanismos moleculares com ação contra flacidez e rugas descobertos no picão-preto (Bidens pilosa). O resultado é um ativo cosmético que funciona de forma semelhante ao retinol, sintetizado a partir da vitamina A. 

O picão-preto, considerado uma espécie invasora no campo, mostrou em testes ter benefícios similares aos dos retinoides, receitados nos consultórios dermatológicos em razão do seu poder de regeneração celular e síntese de colágeno. Segundo o estudo, esses resultados não acarretam os efeitos adversos dos retinoides comerciais, como irritação cutânea, descamação e ardência. Outra vantagem da erva daninha é que o seu uso é sustentável, já que ela tem um crescimento rápido, o que evita que sejam exploradas espécies de árvores maiores para obtenção dos mesmos compostos. 

Na pesquisa realizada com o picão-preto, a análise fitoquímica do extrato da planta revelou a presença de fitol e ácidos graxos, sinalizadores de possíveis ações anti-inflamatória, antioxidante e estimuladora de síntese da matriz extracelular, todas ligadas a um mecanismo de ação similar ao dos retinoides. 

Com base nisso, os pesquisadores avaliaram as atividades antioxidante (pela ação de enzimas específicas), anti-inflamatória (pela quantificação de mediadores inflamatórios como prostaglandina) e retinoide-like (pela medição do fator de crescimento dos componentes da matriz extracelular, como colágeno e elastina). Os resultados obtidos mostram que o extrato da planta funciona de forma parecida ao dos retinoides clássicos, que atuam no rejuvenescimento da pele, promovendo renovação celular bem rápida e eficiente, com diminuição de rugas, de manchas e aumento da elasticidade. 

Prêmio
A comprovação in vitro foi feita com anticorpos que marcam os receptores de retinoide na pele. Os retinoides podem atuar em dois receptores distintos, os ácidos (RARs) e os não-ácidos (RXRs). Os receptores ácidos produzem uma resposta biológica mais intensa, o que pode desencadear efeitos indesejáveis. Como o ativo do picão-preto tem uma atividade pouco expressiva nesse receptor, isso pode ajudar a explicar por que ele apresenta benefício biológico similar ao ácido retinoico, porém em menor escala e sem os efeitos colaterais.
A pesquisa foi premiada em outubro como o melhor trabalho científico apresentado no 20º Congresso Latino e Ibérico de Químicos Cosméticos em Isla Margarita, na Venezuela, e a inovação está sendo testada por uma indústria brasileira do setor de cosméticos. 

Angico-branco
Não é a primeira experiência de Di Stasi na área de cosméticos. Antes disso, o cientista participou do lançamento do Aquasense, em 2008, desenvolvido com apoio da Fapesp por meio de um projeto do programa de Pesquisa Inovativa em Pequena Empresa (Pipe). O Aquasense é um extrato feito com a casca dos galhos do angico-branco (Piptadenia colubrina), uma árvore de grande porte da mata atlântica, indicado para uso em cremes, loções e outros produtos com o objetivo de aumentar a hidratação da pele. 

O foco da pesquisa iniciada em 2004 era buscar um ativo hidratante em uma planta da biodiversidade brasileira que estimulasse o mecanismo de síntese das aquaporinas. Para isso, uma das sócias da Chemyunion, Maria Del Carmen Velazquez Pereda, procurou o professor Di Stasi, do Departamento de Farmacologia, autor de várias publicações sobre plantas medicinais da Amazônia e da mata atlântica.
O pesquisador, que passou a fazer parte da equipe científica da empresa como consultor, pesquisou plantas da flora brasileira com potencial hidratante e reparador da pele. A escolha recaiu sobre o angico-branco, mas era preciso provar na prática que ele realmente seria capaz de expressar o mecanismo de interesse. 

No caso do angico-branco, a casca dos galhos é triturada em pequenos fragmentos, dos quais se obtém um extrato que contém uma classe de polissacarídeos chamada arabinogalactanas, responsável por estimular a célula a expressar as aquaporinas. Com isso elas transportam mais água para a pele, deixando-a hidratada. O mecanismo de hidratação do extrato do angico-branco resultou na publicação de artigos em revistas científicas e prêmios em congressos, como o da Sociedade Brasileira de Cosmetologia em 2008. 

Camapu
Outro produto desenvolvido pela Chemyunion com conhecimento desenvolvido no IB da Unesp e apoio do projeto Pipe, atualmente em testes por uma empresa brasileira da área de cosméticos, é um ativo extraído da planta camapu (Physalis angulatu) – arbusto originário da Amazônia e das regiões Norte e Nordeste – com atividade semelhante à dos anti-inflamatórios corticoesteroides, mas sem os efeitos colaterais de uso a longo prazo, como ressecamento e envelhecimento da pele. 

A extração do camapu e a do picão-preto são feitas pelo processo chamado de extração por CO2 supercrítico. Quando o gás carbônico é injetado no equipamento, ele atravessa a planta e arrasta os ativos. Ao eliminar o gás, não sobra nenhum resíduo de solvente, como nos processos tradicionais de extração. Da planta, obtém-se uma pasta que, misturada a um meio apropriado, possibilita dar início ao processo de triagem. 

“A proposta no caso do camapu foi a de buscar ativos com ação anti-inflamatória, similar aos corticoides, muito utilizados hoje para tratar problemas da pele e do couro cabeludo, como coceiras, eczemas e caspa”, diz a bióloga Juliana Tibério Checon, que trabalhou com a planta durante o seu mestrado em farmacologia no IB, orientada por Di Stasi, e hoje faz parte da equipe de pesquisa e desenvolvimento da empresa. 

“Investigamos dentro de plantas da flora brasileira ativos que tivessem o mesmo benefício dos corticoides usados atualmente, mas sem os efeitos colaterais”, diz Juliana. O estudo começou com a triagem de plantas in vitro para avaliar se em cosmética elas apresentavam os efeitos anti-inflamatórios indicados pelo uso tradicional das populações onde a planta é nativa.

Foram investigados vários mecanismos de ação do extrato da planta, desde a proteção ao calor, a reposição de colágeno e possíveis efeitos colaterais. Os estudos in vitro dos efeitos do ativo quando exposto ao calor foram feitos com fragmentos de pele descartados em cirurgias plásticas, como de pálpebras, obtidos com autorização do comitê de ética. 

Os fragmentos de pele foram tratados com 0,1% do produto e outros não foram tratados, para servir de comparação. Em seguida foram colocados em estufa a 40°C durante 90 minutos, simulando o aquecimento provocado pela exposição solar, situação propícia ao desenvolvimento de processo inflamatório e consequente hiperpigmentação e formação de rugas. Todos os fragmentos foram marcados por imunofluorescência com anticorpos para colágeno. Em contato com a pele, o anticorpo emite luz quando se conecta ao colágeno e, então, é possível avaliar qualitativamente uma maior ou menor presença dessa proteína na pele. “Na comparação entre os dois tipos de fragmentos é possível ver que o extrato de camapu conseguiu prevenir a perda de células e a quebra de fibras de colágeno”, diz Juliana. 

Os efeitos colaterais encontrados em corticoides também foram avaliados. Nessa análise, culturas celulares da pele foram tratadas com corticoides comerciais e com o ativo do extrato vegetal. “Em cinco dias de uso, os corticoides comerciais começaram a degradar o colágeno da pele, enquanto o ativo do camapu que desenvolvemos continuou a estimular a produção de colágeno.” 

Assessoria de Comunicação e Imprensa com informações da Revista Fapesp

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Unesp lança software gratuito para controlar irrigação

A Faculdade de Engenharia (FE) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Ilha Solteira, disponibilizou um software para o manejo racional da água utilizada na agricultura irrigada.

O programa, batizado de Sistema para Manejo da Agricultura Irrigada (SMAI), foi idealizado pela Área de Hidráulica e Irrigação da FE, coordenada pelo professor Fernando Braz Tangerino Hernandez.

De acordo com o pesquisador, o sistema pode ser aplicado em todas as culturas. “Ele é muito versátil. Se o usuário dispuser de todas as variáveis climáticas, vai usá-las para a estimativa da evapotranspiração de referência. Caso falte alguma, pode estimá-la pelas equações já existentes”, explicou.

O software é resultado do projeto “Modelagem da Produtividade da Água em Bacias Hidrográficas com Mudanças de Uso da Terra”, financiado pela FAPESP e pela Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe).

Os criadores do aplicativo são os analistas de sistemas Jean Carlos Quaresma Mariano, que teve bolsa da FAPESP, e o engenheiro ambiental Gilmar Oliveira Santos. Ambos realizam pesquisas de pós-graduação sob orientação de Hernandez.

De acordo com os pesquisadores, o desenvolvimento do software levou dez meses e seus principais benefícios são estimar rapidamente a evapotranspiração, que é a perda de água do solo por evaporação e a perda de água da planta por transpiração.

O programa é capaz de apresentar a taxa dos dois tipos de evapotranspiração: a de referência, um índice calculado com base em uma cultura hipotética que cobre todo o solo, como a grama; e a de cultura, uma conta feita para uma espécie vegetal específica. Para isso, o sistema usa o método mais preciso da atualidade, que é a equação de Penman-Monteith, a mesma fórmula empregada pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO-ONU).

Hernandez afirma que a ferramenta foi desenvolvida pensando na simplicidade do uso. “Um tutorial mostra como entrar com os dados a partir de uma planilha e, caso falte alguma das variáveis, ela é estimada por rotinas internas. Não acreditamos que o usuário terá dificuldades em utilizá-lo”, disse.

O software pode ser utilizado em qualquer região, sem a necessidade de adaptações. “Talvez a maior dificuldade seja o usuário dispor das variáveis climáticas da região de interesse e também a divulgação das mesmas diariamente. Essa seria a situação ideal para que de fato o software possa ser utilizado para manejo da irrigação”, afirmou.

O software está disponível para download gratuito em clima.feis.unesp.br/smai
 
Fonte: http://agencia.fapesp.br/14907